sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ativistas protestam contra o uso de peles

MICHELLE TRINDADE
Adriana Pierin, do Move Institute.
Adriana Pierin, do Move Institute.
“Mexa seu traseiro pelos animais”. O lema provocador da Move Institute quer chocar as pessoas da mesma forma como os integrantes da ONG ficaram chocados com o aparecimento de peles no São Paulo Fashion Week e no Fashion Rio.
Nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, um grupo de pessoas do instituto fez um protesto, dentro da Bienal, contra o uso do material. “Não dá para acreditar que, no Brasil, existam estilistas que fazem roupas assim”, disse Adriana Pierin, organizadora do movimento. “É crueldade gratuita com os animais já que peles sintéticas são substitutos perfeitos.”
Os ativistas entraram na Bienal com o apoio da Luminosidade, empresa que organiza o SPFW. “É possível que, no futuro, a gente consiga fazer parcerias com o SPFW”, conta Pierin. “Projetos como montar um stand na Bienal para conscientizar as pessoas sobre os métodos brutais de obtenção das peles.”
Em entrevista ao MODASPOT, Samuel Cirnansck, que usou pele de coelho em sua coleção de inverno 2011, justificou que, como o coelho serve de alimento, o aproveitamento da pele ficaria dentro do conceito de sustentabilidade.
Por outro lado, a Oslo Fashion Week proibiu seus estilistas de usar peles verdadeiras nas coleções. É a primeira vez no mundo que uma semana de moda se posiciona contra o material e contou com o apoio de revistas de moda nacionais, como a ELLE e a Cosmopolitan Norway.

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